Ao estudarmos o livro de Ester, encontramos a história de um povo que se moveu em fé e recebeu um grande livramento do Senhor. A história de Ester acontece em Susã, capital da Pérsia. Após o cativeiro, muitos judeus permaneceram morando na Média e Pérsia.
Quando Mordecai denunciou o plano maligno de Hamã, e a rainha Ester intercedeu diante do rei, o primeiro a morrer foi o inimigo. Hamã fez uma forca para matar Mordecai, porém esta mesma forca foi usada para sua própria morte. Hamã era ousado, prepotente e representa a figura do diabo; pensa que é alguma coisa, mas não sabe que é cego, pobre, e nu. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu...” (Apocalipse 3:17)
O livramento começou quando o rei, lendo, nos relatos de Crônicas, que Mordecai havia protegido o rei de um plano de morte. Ao perguntar o que tinham dado de presente a Mordecai pelo feito, todos responderam que nada havia sido feito. Neste momento, Hamã entrou para pedir a forca para Mordecai. E foi ao próprio Hamã que o rei perguntou: O que fazer ao homem a quem o rei deseja honrar? Hamã pensou que o rei estava falando dele mesmo e, assim, pediu grandes coisas: Que lhe fossem dadas vestes caras, que se lhe colocassem uma coroa na cabeça, que desfilasse no cavalo real até a praça. Na hora, o rei ordenou que tudo isto fosse feito a Mordecai, e que o próprio Hamã puxasse o cavalo. E Hamã teve que trocar as roupas de saco e cinza de Mordecai por roupas reais.
A forca já estava preparada, mas isto porque Deus é estrategista. Ele permite que algumas coisas aconteçam conosco para que possamos ver Sua glória. Deus lhe dará a aprovação após a provação, e o inimigo será envergonhado.
Ao saber o que tinha sucedido a Mordecai, toda honra que o rei lhe havia concedido, a rainha Ester percebeu que o Senhor já estava trabalhando pelo livramento. Ao realizar o banquete no outro dia, o rei disse à rainha: O que você me pedir, eu lhe concederei. E a rainha pediu a morte do seu inimigo. Relatou-lhe todo o plano de Hamã para matar os judeus e pediu justiça. Tenha certeza de uma coisa: A afronta do inimigo retornará para ele mesmo.
A rainha Ester se manteve em intercessão pelo seu povo diante do rei; ela pedia livramento para o seu povo. Ela é a figura da Igreja intercedendo diante do Rei para que seu povo não morra. Cada um de nós é intercessor que chega diante do Todo Poderoso. O cetro de autoridade está estendido sobre nós. Podemos chegar confiadamente diante do Trono pelo novo e vivo caminho que foi instalado por Yeshua HaMashia, o Messias de Israel. Nós nos colocaremos em intercessão por cada membro da nossa família, por cada pessoa da nossa cidade e eles serão resgatados; não haverá o decreto de morte sobre eles!
É tempo de resgate; de não ficar um só na mão do inimigo; de vermos a intercessão gerando resultados em profusão; de vermos a Igreja orando e decretando. Ester chamou a todos que lhe eram ligados e disse-lhes que era tempo de orar, tempo de jejuar. Jejuaram por três dias, não comeram nem beberam, e viram o decreto do rei a favor do povo de Deus, e o decreto do inimigo vindo sobre ele mesmo. Quem morrerá nesta batalha é o inimigo, mas o povo de Deus receberá o livramento.
O jejum foi intencional. O objetivo era que o povo fosse livre e a cilada de morte voltasse para o inimigo. A intercessora ficou na brecha, mas contava com auxílio. Nós, Igreja de Jesus, temos um ajudador que é o Espírito Santo. Ele intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Mordecai é, no texto da rainha Ester, a figura do Espírito Santo, que denunciava as artimanhas do inimigo. Todos nós precisamos da figura tremenda do Espírito Santo e do ministério tremendo da intercessão.
A Festa de Purim fala de Jesus, o nosso Intercessor; do Espírito Santo, o nosso Ajudador; do ministério de intercessão da Igreja. A intercessão quebra todo decreto do inimigo sobre nós: laços de miséria, de ruína, de pobreza. Porém, quando estamos em vigilância, o inimigo não nos toca. Vencemos a batalha, porque estamos em intercessão profunda e não somos atingidos.
Purim é a festa do livramento, da mudança de sorte, da oração respondida, da vitória do povo de Deus sobre o decreto do inimigo. A vitória nos foi garantida, pois Jesus venceu por nós. Não conheceremos a derrota, porque o Senhor mudou a nossa sorte, mudou o nosso lamento em danças e nos fez celebrar em Sua presença, porque na casa do Senhor há fartura de alegria. Esta é a sorte trocada.
Purim é livramento de morte. Não seremos visitados pela morte. Deus está mudando a sua sorte; Deus está liberando bênçãos sobre a sua vida. O Senhor é o Pai de toda bênção. Toda vez que nos apresentamos diante de Deus, saímos abençoados. Faz parte do caráter de Deus dar presentes; Ele é galardoador. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo...” (Efésios 1:3)
Purim fala de resgate. Nela nós dizemos ao inimigo que nenhum decreto contrário à Palavra de Deus se cumprirá em nossa vida, porque temos um Rei que cuida de nós. O Senhor resgatará a nossa sorte e, na Sua presença, somos mais do que vencedores. É tempo de resgate!
Purim é a festa das orações respondidas e a celebração das respostas que ainda hão de vir. É celebração pelas bênçãos que já foram alcançadas e pelas que ainda alcançaremos.
Purim é a celebração da vida, porque havia um decreto de morte, porque eles lamentaram quase um mês chorando e Deus deu o livramento. Em Purim, todos que protestaram contra a visão de Deus, morreram.
Purim é o retorno à promessa, à palavra e ao compromisso. Todos foram para a praça ouvir sobre a Palavra, foram ouvir sobre o livro de Deus e o que Ele falava. Muitos naquele dia se converteram. Jesus é a Palavra Viva e quem dele come e bebe, por ele vive. Se está vivendo outra vida, ainda não comeu nem bebeu dEle. É o momento de regressar aos Princípios de Deus. Festa de Purim é retorno à Palavra e ao compromisso, vivendo o compromisso de Deus, porque muitos estão na Igreja descompromissados.
Purim fala de libertação. Somos livres! Os decretos do inimigo sobre nós não existem mais, e agora podemos dizer: nossa sorte foi mudada e nosso lamento foi transformado em dança.
Feliz Festa!
Apóstolo Renê Terra Nova