Nos dias 7 e 8 de Outubro, é celebrado o Dia Mundial do Perdão Bíblico. Perdão não se executa por sentimento, mas por ordenança e princípio. Jesus ensinou que o perdão é ilimitado. A tradição judaica liberava três vezes o mesmo erro, depois, a pessoa ficava livre para estabelecer a justiça humana. “Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor. E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso Deus. Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo.” (Levítico 23:26-29) Quando alguém vem na sua direção para pedir perdão é obrigatoriedade bíblica liberar a pessoa. “Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.” (Mateus 18:29-35) Quem não perdoa fica preso no mundo espiritual, vem uma carga sobre a pessoa. É provado que a falta de perdão é responsável por muitos tipos de doenças, principalmente nos ossos. Davi disse que enquanto ficou calado, sem pedir perdão, os seus ossos envelheceram (Salmo 6:2). Vemos que pessoas estão doentes, com doenças psicossomáticas, devido amarras provenientes da falta de perdão. Quem perdoa está livre para tocar a vida com êxito, pois o perdão é a semente da liberdade. A falta de perdão é a semente para prisões. Além das doenças de alma, pessoas adoecem no físico, na mente e ficam presas no mundo espiritual. As pessoas vingativas são reprovadas pelo Eterno. Quem não perdoa alimenta dentro de si a mágoa. Porém, elas não se dão conta que a mágoa é um veneno que elas tomam esperando que o outro morra. Os magoados não herdarão o Reino dos Céus. É por isso que você deve decidir perdoar, mesmo sem sentir. Depois da confissão e da liberação do perdão, seus sentimentos serão alinhados com o sentimento de Cristo e você será liberto de toda mágoa. Pedro quis discutir doutrina de perdão com Jesus. Era Yom Kippur, dia de perdoar duas ou três vezes o erro reincidente. Pedro estava com a doutrina melhorada e inseriu sete vezes mais. Jesus traz o princípio eterno: setenta vezes sete porque perdão é ilimitado (Mateus 18:22). O perdão é o princípio que nos dá a chance de chegarmos à presença de Deus. Jesus veio estabelecer esses princípios pelo Calvário. Ele pediu ao Pai que perdoasse aqueles que não sabiam o que estavam fazendo (Lucas 23:34). A forma de entender Calvário é pela Cruz e o sinônimo da Cruz é o Perdão! Jesus é o nosso Yom Kippur. Se observarmos a doutrina de Yeshua, verificamos que somos devedores de muita coisa. Muitos guardam ressentimentos e adoecem em três áreas: emocional, física e espiritual. Há muita gente doente, anulada nas conquistas por não conseguir soltar os ofensores. São síndromes que regem as vidas e prendem êxitos que estão desenhados na direção do indivíduo. Precisamos nos posicionar! Yom Kippur é a Festa de Deus para o Perdão. Deus deixou uma festa especial para ministrar o perdão e sermos promovidos no mundo espiritual sem nenhuma pendência. O inimigo perde todas as forças quando o perdão entra em operação. As pessoas entram em níveis diferentes e são poderosamente abençoadas em tempos, épocas e estações que não são comuns. O perdão abre portas novas e fecha portas velhas. Se você deseja portas novas abertas na sua direção, então faça o exercício do perdão para que possa trazer mais da presença de Deus e ver a provisão do Trono sendo liberada em sua vida. O perdão é uma chamada para Libertação no espírito, é promotor da cura da alma (emoções) e cura do físico. É provado que quando uma pessoa perdoa outra, ambas se sentem mais leves, mais felizes, pois a carga que pesava sobre elas já não mais existe. Yom Kippur possui vários decretos 1. Receber o Guimah Hatmah Tovah Receber o Guimah Hatmah Tovah é receber boa assinatura no Livro. Existe um livro para escrever o nome daqueles que perdoam. Estes têm a liberação de todas as suas dívidas e estão livres, libertas para fazer tudo sem pendências. Em outras palavras, a pessoa é tirada da condenação e levada a liberdade; recebe a carta de alforria. Então, seja livre! “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas. Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” (Colossences 2:12-14). Yeshua encerrou nossa dívida, e quitou a acusação. Quando você perdoa, você sai do livro da condenação e entra na assinatura do Livro da Vida. Pelo perdão, você está com seu nome no Livro da Vida. 2. Entender o Kaparoth Kaparoth é expiação que liberta, é entender o poder da expiação em Yom Kippur. Todos proclamam pela expiação. É um exercício de fé, porém um cumprimento do princípio mais solene que levou Yeshua ao propiciatório, a Cruz do Calvário, para bradar: Está consumado! Perdoei as gerações do passado, do presente e do futuro! O Kaparoth é o derramar de vida em que, através de nossos atos de regeneração, podemos ser soltos e soltar pessoas que estão presas em nosso arraial. Às vezes, por causa de situações adversas, não conseguimos liberá-las do nosso sentimento. Mas quando entendemos que o Cordeiro ferido é remédio para nossa ferida, além de curados curamos outros tantos. Kaparoth é um derramar de vida para libertar, curar, restaurar e devolver o crédito, a integridade e a dignidade. 3. Ser uma Kaparah Ser uma Kaparah representa ser um Amigo de Aliança. O Poder do perdão faz nascer novos relacionamento, amizades e alianças, restaura situações que haviam sido quebradas e muda a perspectiva da vida. O perdão tem dois lados: o que é perdoado e o que perdoa. É uma unidade que faz com que o poder da palavra entre em operação e haja abatimento de caráter distorcido e de sentimento desordenado. As pessoas são libertas e saradas, mesmo sem sentirem nada. O perdão é uma herança que vence o sentimento para se estabelecer o princípio. Ser filho de aliança é poderoso, compreender essa potencialidade é extraordinário. Sabemos que a aliança supera as crises, os sentimentos contrários e as dores que impedem conquistas. A aliança está acima das interpretações e dos sentimentos que permeiam vidas, histórias e históricos. Pelo perdão, nascem os amigos da aliança, pessoas que entram em planos sobrenaturais, tornam-se mais irmãos que os biológicos. Aliança é o Brisths, que significa expiar sangue até transferir vida pelo poder da ressurreição. Por isso, Yeshua é nosso irmão mais velho, Ele derramou sangue por nós e, pela aliança, reconciliou-nos com o Pai. Yom Kippur é consolidado com duas fases, dependendo do entendimento. 1. Está ligada a dívida de sentimento. 2. Dívida moral, ética ou espiritual. De qualquer forma, só perdoamos alguém que tem uma dívida conosco. “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores.” (Mateus 6:12). Perdão é um pagamento. Em Israel e na cultura bíblica, em Yom Kippur, a Nação paga a dívida espiritual com um Jejum de 24 horas. E na quitação da dívida ética, moral, emocional, física e de questão pessoal, são ministrados em Yom Kippur uma oferta específica no Altar do Senhor para o Sacerdote, para que sentenças sejam removidas. Algo muito interessante, dentro da cultura hebraica, é que as pessoas ministram presentes como sinal físico para materializar o perdão e sentirem-se perdoados. Yeshua é o presente de Deus para humanidade. Ele foi e é o maior sinal de Yom Kippur para manifestar que as dívidas espiritual, emocional, sentimental, física, ética e moral estão quitadas pelo maior ato profético da história: a Cruz do Calvário. Sinta-se livre! Quero, particularmente, pedir perdão se causei a você alguma arranhadura consciente ou inconsciente. Peço perdão, pois é Yom Kippur (Perdão Integral). Também libero a sua vida para que você possa conquistar sem nenhuma amarra no mundo espiritual. Guimah Hatmah Tovah. Uma boa assinatura! Feliz Yom Kippur! Apóstolo Renê Terra Nova |