*** 2017 - FAMÍLIA, plano divino para reformar as geografias ***

Estudo 3 - FÉ, SANTIDADE E OBEDIÊNCIA A DEUS

Genesis 5:28 e 29

Assim como nossos pais espirituais, Lameque foi a geração que lançou a semente profética sobre a sua descendência e quando Noé nasceu ele não perdeu a oportunidade de profetizar que aquele filho traria descanso e consolo sobre sua descendência e toda a terra.

GERAÇÃO NOÉ é aquela que nasce para cumprir a palavra profética, trazendo salvação e esperança de um novo tempo. Nos dias de Noé, o mundo não era diferente do que é hoje: VIOLENCIA, IMORALIDADE, PERVERSÃO, ENGANO E HIPOCRISIA por toda a parte.

O mundo estava em um caos total, e Deus havia se arrependido te ter criado o homem.  Os dias foram abreviados e o homem passou a viver 120 anos. Deus se agradou de Noé, pelas suas características.

Características de Noé:
- era um homem santo e justo;
- era obediente e temente a Deus;
- era um homem de fé.

NOÉ HAVIA DECIDIDO VIVER EM COMUNHÃO COM DEUS

Genesis 6:9-10
Como Enoque andava com Deus, todos que andam com Deus experimentam uma vida aliançada. Deus tem prazer em fazer aliança com homens SANTOS E OBEDIENTES.

Genesis 6:22
Noé era homem de fé, e ele fez tudo conforme Deus lhe ordenou.

OBEDIENCIA CASADA COM FÉ FUNCIONA

A revelação que Noé recebe da chuva (nunca havia chovido sobre a terra) e ele fez tudo, demonstra realmente como era diferente em sua geração.

Conosco não será diferente, cumpramos nossa missão como Noé, enfrentando as situações não olhando circunstâncias e crendo que Deus realiza impossíveis.

SOMOS SEMENTES PROFÉTICAS – CUMPRAMOS NOSSA MISSÃO

MOSTRANDO A ESTA GERAÇÃO – O REINO DE DEUS CHEGOU



Bispa Raquel Castro - MIR

Estudo 4 - A ARDENTE PAIXÃO DO MESTRE

Mateus 4:23

Jesus elegeu a Galiléia para começar uma impactante missão com o objetivo de conduzir o homem às verdades mais profundas sobre Deus. Verdades que jamais seriam acessadas sem o maravilhoso toque do Mestre.

Estrategicamente, Ele começou pela Sinagoga, instituição de grande importância na vida de todo judeu. Havia significativa diferença entre encontrar as pessoas na sinagoga e encontrá-las no templo. Sinagogas podiam ser encontradas até mesmo em uma pequena colônia, ao passo que só havia um templo: o de Jerusalém.

As sinagogas eram consideradas como “universidades populares e religiosas” da época, o que destaca o valor dado ao ensino, vida comunitária e à tradição oral nos dias de Jesus.

JESUS PERCORRIA TODA A GALILÉIA ENSINANDO

Ao optar por ir onde as pessoas estavam freqüentemente, e escolher como ponto de partida o exercício do ensino, Jesus evidencia uma disposição de se aproximar quanto ensinante da realidade dos aprendizes. Vejamos: Olhando para o texto de Mateus, vemos uma diferença implícita entre ensino e pregação.

Usando como método inicial a pregação, Jesus anunciaria as certezas acerca de sua missão que conduziriram o homem ao compromisso imediato, não havendo espaço para perguntas ou discussão.

Quando está em foco o ensino, entra em ação a explicação do sentido e significação das grandes  certezas reveladas durante a pregação. Ele estava disposto a responder com seus ensinos às indagações mais simples ou complexas. Jesus veio pronto para derrotar todo nível de desconhecimento e ignorância espiritual, física, emocional e social.

O MESTRE CUMPRE O DEVER DE ARAUTO DO EVANGELHO

Jesus pregou cumprindo agora o seu dever de Arauto, o Mestre assume  posição kerigmática (proclamadora), e põe fim a sofismas, hipóteses ou adequações sobre o real conhecimento de Deus.

A paixão e a contundência das palavras de Jesus tornaram seu ensino por demais desafiador e revolucionário para a classe dominante. Afinal,  a implantação das boas novas do Reino traz as consciências, põe à disposição novas aquisições de conhecimento cognitivo, espiritual, emocional e, sobretudo, teocrático.

O Seu ensino é transformado em concretas ações terapêuticas (Mt 4:23). Anunciando a boa notícia do Reino de Deus e curando as doenças e sofrimentos do povo.

As palavras de Jesus continuavam causando grande impacto, e em determinado momento extrapolaram o nível de ensino, anúncio e proclamação. Elas se transformaram em ações concretas de cura, vida, libertação e alegria na vida de todos que apalpavam os lugares antes feridos, que agora resultara em toque do Mestre e milagre da fé.

No Ministério de Jesus, encontramos os visíveis sinais da ação de um Mestre, que ensinando, anula as más interpretações acerca do Reino e de Deus. Pregando, liberta as mentes dos homens do desconhecimento e ignorância espiritual. Curando, impõe grande derrota a todo nível de opressão, enfermidade e sofrimento, causados pela ação do maligno.

Jesus transformou Seus maravilhosos ensinos em ações práticas de misericórdia, cura, libertação e amor aos necessitados. Multidões passaram a segui-lO, pois havia uma perfeita combinação de conhecimento, autoridade e paixão por vidas. Este é um modelo que transcende séculos e gerações.

A exemplo daqueles dias, há uma multidão hoje esperando para ser ensinada, liberta e curada. O grande desafio do cristão no século 21 é decidir percorrer “sua galiléia”, reproduzindo os ensinos e as ações do Mestre.

Neste contexto, reconhecemos os maravilhosos feitos do Senhor que nesses anos, tem liberado para nós em Porto Seguro, debaixo de uma direção Apostólica, as ferramentas para o desenvolvimento das ações de conquista e assim ensinar, libertar e curar a multidão que nos aguarda.


* Por Apóstolo Jackson Oliveira – Natal/RN

Estudo 5 - AVANÇANDO NA VISÃO

A rotina do novo discipulador

. Não se isole dos seus discípulos.
. Reparta as responsabilidades da célula com eles.
. Delegue a eles uma parte dos membros da célula para que eles os apascentem.
. Planeje junto com ele cada evento da célula.
. Avalie junto com eles como está o acompanhamento dos demais membros da célula.
. Não tenha medo de que seus discípulos se tornem maiores que você.
. Incentivar seus discípulos a fazerem a escola de líderes.

O padrão do discipulador

1. Honre aqueles que vieram antes de você ! – Lucas 20:1 a 8
Jesus honrou a João Batista publicamente e se submeteu ao ministério dele, antes de começar o Seu próprio. Em Lucas 20:1 a 8, Jesus mostrou que a Sua autoridade era parte de uma linhagem espiritual; ou seja, estava associada à autoridade de João, que veio primeiro.

2. Não se isole dos seus discípulos! – Mateus 26:36 a 37
No momento do Getsêmani, Jesus preferiu não ficar sozinho, mas chamou consigo a Pedro, Tiago e João.

3. Não “doure a pílula”! – Mateus 10:16 a 39
Jesus não motivou os seus discípulos com frases de efeito ou promessas vazias. Ele mostrou a seriedade e as conseqüências do discipulado. Faça com que os seus discípulos saibam exatamente o que lhes está proposto.

4. Deixe que os resultados falem por você! – Lucas 7:20 a 22
Diga o que você fez, e não o que você pensa a respeito de si mesmo. Quando João mandou perguntar a Jesus se Ele era mesmo o Messias, a resposta do Senhor foi ilustrativa. Ele não afirmou, nem negou, mas mandou que João analisasse os resultados do Seu trabalho.

5. Tenha clareza do plano e do propósito! – Isaias 50:7 – Lucas 9:51
Jesus sabia porque tinha vindo, Ele mirou Jerusalém e fez do Seu rosto um seixo. Independente das conseqüências, Ele iria a Jerusalém e executaria o Seu plano. O propósito impede que desperdicemos nossa energia, tempo e potencial. Planejamento é crucial. Não foi por acaso que Jesus entrou em Jerusalém justamente na Páscoa e que o Espírito Santo foi enviado justamente no dia de pentecostes.

6. Prepare-se! – Hebreus 2:10 e 5:8
Segundo o conceito natural, Jesus nunca precisou se preparar. Todavia, sabemos que nos seus primeiros trinta anos, Ele se preparou e aprendeu. Ele se preparou estudando as Escrituras e cumprindo toda a Justiça. Preparo inadequado produz resultados inadequados. Tempo investido no preparo não é tempo desperdiçado.

7. Gere sua equipe! – João 15:16
Uma das coisas mais problemáticas é quando herdamos líderes que nós mesmos não geramos. O fato é que Jesus escolheu Seus discípulos, e não o contrário.

8. Exerça autoridade!
Conheça a extensão da sua autoridade e exerça-a!

9. Concentre-se naqueles que respondem!
Muitas vezes gastamos mais tempo justamente com aqueles que dão menos retorno, em termos de compromisso de discipulado. Jesus não perdeu tempo nas cidades que o rejeitaram; por isso, não lance pérolas aos porcos!

10. Não se iluda com bajulações; olhe a realidade! Lucas 18:18
O jovem rico chegou a Jesus chamando-o de bom. Jesus rejeitou aquele elogio, enquanto que de outros recebeu adoração. Há uma grande diferença entre bajulação e reconhecimento genuíno.

11. Aprenda a exortar!
Jesus reservou Suas palavras mais duras aos fariseus, mas mesmo os discípulos foram repreendidos. Nós repreendemos aqueles com quem nos preocupamos e a quem respeitamos.

12. Seja um servo! – Marcos 10:45
Nós usamos a espada contra o diabo, mas com os irmãos usamos uma toalha.

13. Desencoraje a disputa por posições! – Mateus 20:20 a 28
Não permita que aqueles que andam com você busquem status, posição ou título.

14. Seja um inspetor de frutos! – Mateus 12:33 e 7:15 a 20 - João 15:5 a 8
Checamos o tipo de fruto, pois cada semente gera de acordo com a sua própria espécie. E também checamos a quantidade de frutos, pois o Senhor espera muitos frutos de nós.

15. Evite o espírito de grandeza.
È interessante que o diabo mandou que Jesus transformasse pedras em pães a fim de “provar” que Ele era o Filho de Deus. Os fariseus insistiram para que Ele fizesse pelo menos um sinal, para que crescem nele como o Messias. Jesus nunca cedeu espaço ao show; todavia quando João Batista mandou perguntar se Ele era o Messias, Jesus fez milagres para dar sinal de si mesmo.

LEMBRE-SE
Você não tem que provar que é discipulador!
Apenas reconheça a sua unção!


Aluizio A. Silva

Estudo 6 - O TRABALHO EM EQUIPE

Filipenses 2:1 a 3
1 PORTANTO, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, 2 Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. 3 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

O que é trabalho em equipe?
Quando um conjunto de pessoas comprometidas, capacitadas e coordenadas para obter os mesmos alvos, metas, É UMA EQUIPE.

Como existe coordenação é porque existe um líder, que deve ser exemplo em todas as atividades, como também, no estilo de vida, inspirando e motivando todos os outros participantes da “EQUIPE”, tendo a sensibilidade de ouvir a voz do Espírito Santo.

E na direção do Espírito Santo sabe lidar com as diferenças dos membros da Equipe, personalidade, dons, maturidade, etc. Quanto aos membros da Equipe, devem ser levados à maturidade e serem analisados pela liderança quanto à habilidade, competência, motivação e compromisso.

A Equipe precisa em unidade, depender de Deus, ser consagrada, ter unção, possuir um propósito comum, união e compromisso com os alvos, ter clareza quanto ao papel de cada membro na equipe, mostrar eficiência nas reuniões (prestação de contas, pontualidade, participação) e por fim ter amizade e relacionamentos saudáveis.

Leia novamente Filipenses 2:1 a 3

Como CRISTÃOS na equipe devemos ser bons amigos, gostando uns dos outros, com sentimentos de valorização e apoio, RELACIONAMENTO saudável para ser desenvolvido é preciso aprimorar dois graus de amizade:
AMIGOS PRÓXIMOS – Abrindo o coração, passando tempo livre juntos.
AMIGOS ÍNTIMOS – Compartilham os mais íntimos desejos, sonhos, ideais, numa relação de CONFIANÇA MUTUA,
(Ex. Davi e Jonatas, Paulo e Timoteo) – O AMOR DEVE SER INCONDICIONAL.

PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO – bilhetes, cartas de valorização, carinho.
TOQUE FÍSICO – Abraços, Beijos (ósculo santo)
PRESENTE – Chocolates, flores, roupa, premio, etc.
ATOS DE SERVIÇOS – Preparar um café da manhã para a equipe por exemplo.
QUALIDADE DE TEMPO – Sair com a outra pessoa, fazer algo especial para ela.

A equipe precisa estar alicerçada na palavra de Deus e com isso reconhecer a graça de Deus no líder e atender à voz do líder.

A EQUIPE DEVER CRER NOS RESULTADOS DA OBEDIENCIA PLENA, pois OBEDIENCIA incompleta é o mesmo que DESOBEDIENCIA.

OBEDIENCIA E FIDELIDADE CAMINHAM JUNTAS

Como equipe, juntos fazermos algo importante para o Reino de Deus, algo que nenhum de nós conseguiria sozinho.

GANHAR – CONSOLIDAR – DISCIPULAR (treinar) – ENVIAR

A EQUIPE É A BASE PARA REALIZARMOS OS PROJETOS DE DEUS COM SUCESSO.

Ap. Alceu Damico

Estudo 7 e 8 - INFERIORIDADE E CULPA

Bem, a consciência culpada é a constante da nossa vida.

Toda educação, em si mesma, constitui um cultivo intensivo do sentimento de culpa, principalmente a melhor educação, aquela de pais bastante preocupados quanto à formação moral de seus filhos e quanto ao sucesso deles na vida. A educação consiste, sobretudo, em repreensão; e toda repreensão, mesmo sendo uma reprovação discreta e silenciosa, sugere o sentimento de culpa: “Você não tem vergonha de agir assim?’

No início do século vinte, esta educação tendia a fazer das crianças bonecos de vitrine, bem comportados, silenciosos, e bem escolados em atitudes sociais. “Eu detesto o domingo”, disse-me uma mulher que nunca pode amadurecer completamente devido a repreensão interior. “Quando éramos crianças, todos os domingos, colocavam em minha irmã e em mim os vestidos mais bonitos, de babados de renda, com belos e complicados coques nos cabelos. E ai de nós se nos sujássemos! Bem, isto não demorava para acontecer, e apesar de sermos cuidadosas; nós nem mesmo brincávamos. E assim, o dia terminava sempre com reprimendas e punições.”

Há algum tempo, eu perguntei à minha mulher por que o seu rosto se tinha iluminado, de repente, com um sorriso estranho. “Veja você, disse-me ela, tirei um pedaço da manteiga de um lado e você fez o mesmo do outro. Pensei no que teriam dito se eu fosse pequena: que uma criança bem-educada deve continuar a manteiga no lado já iniciado. Seu gesto soou como um grito de liberdade!”

Hoje em dia, educação mudou bastante. O vento da liberdade sopra desde o berço. Sob influência dos psicólogos, a “Escola de Pais” reprova a disciplina rígida daqueles tempos. Atualmente, os pais ficam orgulhosos se o filho é barulhento: está mostrando que tem personalidade! Mas, ai dele, se não mostrar muita personalidade, se não se comportar, em qualquer área específica, de maneira que os pais possam se orgulhar.

Os amigos estão sempre prontos a julgar a criança como mal-educada, mesmo que os padrões de criança mal-educada tenham mudado. A criança sente nos pais o medo inevitável do “que é que os outros vão dizer?” A reputação social dos pais baseia-se nela, e esta responsabilidade pesa nos ombros da criança. Sente-se culpada se envergonhar os pais ou mesmo se não tiver dons excepcionais dos quais os pais possam se gabar.

A escola, as notas baixas, a perspectiva sinistra do momento de mostrar o boletim escolar aos pais, enchem, por sua vez, a alma infantil do senso de culpa. Isto pode se tornar uma obsessão a ponto de levar a criança a mentir, o que é fonte de uma culpa mais autêntica. E freqüentemente, ao dar as notas, o professor leva em conta mais as falhas do que as qualidades do aluno.

Quanta gente, pouca dotada em ortografia, acha uma tortura escrever cartas, durante toda a vida; quantos ficam petrificados ou se embaraçam na presença de qualquer autoridade que lembre o pai ou um professor severo! Mesmo no guichê de uma repartição pública, temem dirigir-se a um humilde funcionário para entregar um formulário preenchido. E, na primeira olhadela, o funcionário poderá mostrar qualquer espaço que você, desatenciosamente, esqueceu de preencher: “Não sabe ler?’

O pior é que os pais e mestres projetam os seus próprios preconceitos, problemas e culpas na educação das crianças. Os que, por exemplo, tem mais remorsos dos próprios comportamentos sexuais dramatizam os conselhos que dão a seus filhos e despertam na alma deles uma verdadeira angústia em relação à sua sexualidade.

Pais infelizes não suportam o filho na exuberância de sua alegria.

Centenas de vezes, durante o dia, eles lhe dirão: “Você é bagunceiro! Você é insuportável!” Um pai sobrecarregado em sua profissão, se aborrecerá por quase nada com o filho. Uma mãe enganada pelo marido, despejará no filho,, inconscientemente, o despeito que sente e o punirá energicamente por qualquer erro trivial. “Você é mentiroso como o seu pai!” A criança sentirá intuitivamente, sob forma de angústia, esta sobrecarga injusta de repreensões.

Saul censurou Jônatas pela amizade com Davi: “Filho de mulher perversa e rebelde; não sei eu que elegeste o filho de Jessé para vergonha tua e para vergonha do recato de tua mãe?” (1Sm 20:30). Atentem para a astúcia; ele disse: “para vergonha do recato de tua mãe”, como se ele mesmo estivesse fora do negócio!

Assim, muitos pais, por causa do preconceito social, quando não por pura inveja, fazem restrições às amizades dos filhos. Estes, por sua vez, tem que escolher entre duas culpas: com relação aos pais, se continuarem leais aos amigos, ou com relação aos amigos, se se submeterem aos pais. A menos que se resignem a continua com a amizade clandestinamente, com toda a carga de culpa que resulta da clandestinidade.

Uma criança corajosa confessará imediatamente, a sua falta aos pais: suportará a censura, e tudo estará acabado, enquanto o irmão mais sensível e mais tímido não ousará fazer a confissão. Este arrastará uma dupla culpa, a da falta e a de escondê-la. Esconder-se-á na própria ansiedade e, por sentir vergonha, ficará cada vez mais incapaz de enfrentar os pais.

Cedo ou tarde, ou a criança corre o risco de ficar neurótica, ou há de libertar-se dos pais, seguindo seus próprios pensamentos e inclinações. Poucos pais permitem este desabrochar da individualidade de seus filhos. Quase todos sugerem aos filhos que está errado gostar do que os pais não gostam, desejar o que eles reprovam ou se conduzir contrariamente ao que eles esperam.

Filhos obedecei a vossos pais”, escreve o apóstolo Paulo (Ef 6:1). Os pais devotos este versículo para exigirem de seus filhos uma submissão servil, mesmo depois de terem deixado de ser crianças. Mas estes pais dão pouca atenção ao que o apóstolo acrescenta a seguir: “Pai, não provoqueis vossos filhos à ira” (Ef 6:4) nem ao que ele acrescenta ainda em outra passagem: “... para que não fiquem desanimados” (Cl 3:21).

Pais austeros sugerem, tanto por seu comportamento, quanto por suas conversas, que tudo que dá prazer é pecado. Muitas pessoas já me disseram que conservam esta marca de sua educação. Ela lhes foi inculcada como um dogma implacável: “É proibido estar alegre”. Não podem gozar de nada sem um certo sentimento de culpa que estraga o prazer. Ou, então, a alegria só é considerada legítima se for merecida, a título de recompensa: os que receberam esta idéia durante toda a educação impõem a si mesmos tarefas muito pesadas ou sacrifícios inúteis, simplesmente para se alegrarem com um prazer fortemente desejado sem que se sintam culpados.

Tem como que uma contabilidade complicada que está sempre mais ou menos carregada de angústia, angústia esta que prejudica a espontaneidade, seja o impulso a um sacrifício desinteressado ou o desejo de desfrutar um prazer pelo qual não batalharam. No entanto, os prazeres não merecidos e os presentes inesperados é que são os mais apreciados. A Bíblia não fala que a salvação é de graça, como também todas as dádivas de Deus, tanto as pequenas como as grandes. Mostra-nos, contrariamente à idéia dos que sofreram uma educação muito severa, um Pai Celeste que se alegra com a felicidade de seus filhos e em lhes dar alegria.

Retornemos ao adolescente. Ninguém atravessa este período de libertação dos pais e de formação de sua própria individualidade, sem envolver-se em uma vida de segredos sempre carregada de sentimento de culpa; um livro é apaixonante e ele o lê até tarde da noite, à luz de um abajur, atento ao barulho dos passos na escada que, estalando, o advertirá de uma aproximação terrível, temida com ou sem motivo.

Ou então, ele coloca o livro apaixonante em cima de um livro de gramática aberto, pronto para ser escondido rapidamente na gaveta da escrivaninha se vier alguém. Ou, ainda, para se persuadir de que esta se tornando homem, fuma o primeiro cigarro escondido. Isto porque é pelo segredo que a individualidade é formada. Enquanto uma criança não tiver segredos para com os pais, e enquanto mão puder contar ao amiguinho estes segredos, ela não terá consciência de ter existência autônoma. Ora, geralmente os pais acham que um filho não deve nunca ter segredos; consideram errado esconder alguma coisa. Comentam amargamente: “Você nos faz sofrer muito”.

Todos somos constantemente cercados de críticas, às vezes mordazes e francas, às vezes silenciosas, mas nem por isso menos doloridas. Todos somos sensíveis à crítica, mesmo que não deixemos ninguém perceber. As pessoas seguras suportam isto melhor. Defendem-se, respondem, “criticam a crítica” e , nesse caso, quem se sente culpado é o interlocutor. “Minha irmã é tão categórica em suas opiniões”, disse-me uma senhora,, “que me sinto sempre um pouco culpada se não tenho a sua opinião”. E uma outra: “Eu chego a evitar ir visitar a minha irmã porque no momento em que eu quero ir embora, ela diz: “Como? Já vai?”, com um tom de reprovação que até me faz sentir culpada”.

Notem que estes que são tão absolutos em suas afirmações e censuras procuram, sem perceber, se autojustificar. Livram-se de uma duvida a seu próprio respeito jogando-a sobre outrem. Assim os fortes se libertam do seu próprio sentimento de culpa suscitando-o nos fracos, tão prontos a se compararem desvantajosamente com eles.

Vejam, por exemplo, o caso de uma mulher muito minuciosa. Mostra esta qualidade fazendo tudo com muito capricho. Mas confessa-me que se sente sempre culpada por ser tão minuciosa, por gastar tanto tempo em tudo o que faz. Ela foi educada por uma mulher que, ao contrário, fazia tudo apressadamente, muito às carreiras! Esta ficava, certamente, irritada com a filha tão diferente dela mesma e repreendia a sua minuciosidade fazendo-a sentir-se culpada, para se livrar, sem dúvida, do sentimento de culpa que atribuía a si mesma, por não ser bastante conscienciosa.

Cada um tem o próprio ritmo, e os ritmos das pessoas são muito diferentes uns dos outros. No escritório, uma digitadora muito rápida dá, constantemente, a seus colegas mais lentos um sentimento de culpa que os paralisará ainda mais no trabalho. Isto reflete um simples dom da natureza que convém ser visto objetivamente. A digitadora rápida não tem mais mérito por sua rapidez nem sua colega é culpada por sua lentidão. Entretanto, por menos sensível que seja, a digitadora rápida acabará se sentindo culpada por fazer sombra às outras sem querer, e lhes prestará várias pequenas ajudas para ser perdoada.

Assim, sentimentos tenazes de culpa são constantemente colocados nas mentes dos fracos pelo comportamento dos outros, por suas afirmações, por seus julgamentos, pelo desprezo, mesmo pelas censuras mais injustas. Porque, de réplica em réplica, as críticas se tornam mais fortes, mais agressivas. O Dr. Baruk demonstrou a universalidade desta lei da agressividade defensiva: toda culpa reprimida dá lugar à resposta agressiva. Assim quando um marido se sente invadido por sentimentos de agressividade e irritação contra a esposa, pode, na mesma hora, perguntar-se: “Onde é que estou errado?’ Com um pouco de honestidade, encontrará sempre a resposta. O mesmo é verdade, naturalmente, para uma mulher em relação ao marido, um empregado em relação ao patrão ou vice-versa.

Contudo é possível humilharmos o outro tanto com conselhos como com censura. Todo conselho esconde uma crítica velada, a menos que tenha sido solicitado. Dizer a alguém: “se eu fosse você, agiria de tal ou qual maneira” é o mesmo que dizer que a maneira dele agir não é correta. Assim muitos pais zelosos sufocam a iniciativa dos filhos com bons conselhos. Eles dão a entender que os filhos são incapazes de encontrar, por si mesmos, a conduta acertada e semeiam em suas mentes dúvidas quanto à sua própria capacidade.

Marta e Maria, mencionadas no Novo Testamento (Lc 10:38 a 42) são irmãs com dois tipos bem conhecidos. Uma é de temperamento prático e se ocupa do trabalho caseiro; a outra tem mais gosto pelas coisas do espírito e se assenta aos pés de Jesus para escutá-lo. Imagino que, por alguns minutos, Marta fez muito barulho com os pratos para que a irmã soubesse de sua raiva. Depois, não se agüentando mais, apela ao próprio Jesus: “Diga-lhe que venha me ajudar”.

Deste mesmo modo existe tanta crítica entre os membros de uma família, entre irmãos e irmãs, entre marido e mulher, e entre amigos. Podemos observar facilmente o papel que desempenham os sentimentos de inferioridade e mesmo os sentimentos de culpa secretos. Marta se sente menos à vontade do que a irmã nas discussões espirituais e se esconde em suas panelas. Provavelmente não se orgulha disso e se consola valorizando os serviços práticos que faz e criticando a irmã. Esta última talvez já tenha demonstrado, algumas vezes, desprezo pelo trabalho doméstico, a fim de aliviar sua consciência por não gostar ou não ter habilidade no serviço de casa.

Jesus elevou o debate acima dos mecanismos psicológicos elementares, ao colocar a questão dos valores: “Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada”. Mas isto não implica que existia em Jesus qualquer desprezo pelo trabalho doméstico, pois Ele não se sentiu rebaixado em cozinhar Ele mesmo para seus amigos (Jo 21:9).

Nem sempre há uma razão muito boa para que Maria se afaste da cozinha. Quantas mulheres se sentem embaraçadas ao ler um livro ou repousar enquanto alguém faz a faxina, arrastando os móveis e usando o aspirador no quarto ao lado? Mesmo quanto tem convicção íntima de que isto é justo, se estão estudando porque é necessário fazê-lo, ou se estão obedecendo ao médico que lhes prescreveu repouso, tem um sentimento de culpa por deixar a responsabilidade do trabalho doméstico nos ombros de outra pessoa e se sentem ou se crêem criticadas.

Muitas mulheres também privam o marido e a si mesmas de receber amigos, mesmo os amiguinhos das crianças, por medo de serem criticadas quanto ao cuidado com a casa. E estas são sempre as mais caprichosas. As mais aplicadas aos pormenores pensam que nenhuma falha escapará aos visitantes. Enquanto estes últimos pensarão, talvez, o contrário, que esta esposa mantém a casa tão perfeita que acaba lhe faltando vida e charme.

Assim, no dia-a-dia, somos continuamente envolvidos nesta atmosfera doentia de críticas mútuas, a ponto de nem sempre nos apercebermos disso. Ficamos aprisionados em uma implacável círculo vicioso; toda censura suscita um sentimento de culpa, tanto no crítico quanto no criticado, e cada um se livra como pode do sentimento de culpa, criticando um outro e se autojustificando.

Esta culpabilidade cotidiana interessa muito ao médico e ao psicólogo, porque esta ligada ao relacionamento com os outros, às críticas alheias, ao desprezo social e ao sentimento de inferioridade. Remorso, consciência pesada, vergonha, constrangimento, inquietação, confusão, timidez e até modéstia: há um elo entre todos estes termos e não há fronteiras bem delineadas.
“Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres” – Jo 8:36
Trecho extraído do livro Culpa e Graça
Capitulo 1 – Inferioridade e Culpa
Paul Tournier

Estudo 9 - PRINCÍPIOS NA FAMÍLIA

Primeiro Princípio – FAMÍLIA
Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais para que eu não venha e fira a terra com maldição.” Malaquias 4:5 e 6
Esta é a última profecia do Antigo Testamento e Deus aqui usa o profeta Malaquias para expressar o clamor do Seu coração.
Estamos vivendo dias de muito avivamento na Terra, nos quais a palavra do profeta Joel está se cumprindo, que Deus derramaria o Espírito Santo sobre toda a carne. Temos visto ao derramar do Espírito Santo nos dias de hoje. Somos uma geração profética, uma geração que tem contemplado o sobrenatural de Deus na Terra.;
Mas ainda existe um grande avivamento, um dos maiores despertamentos espirituais que ainda está por vir, que é o avivamento familiar. Um verdadeiro avivamento: O coração de pais convertido ao coração de seus filhos, e o coração dos filhos convertido ao coração de seus pais.
Este avivamento está no coração de Deus. A família foi a primeira instituição criada por Deus. Quando Deus criou o casamento, Ele estava dando origem ao lar.

“ Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2:24

A família foi feita com o propósito de manifestar o governo de Deus na Terra. A família é uma instituição governamental, primeira instituição também educacional.

Aprendemos que a definição de família É UM GRUPO DE PESSOAS COMPOSTA POR UM PAI, UMA MÃE E FILHOS.
No Antigo Testamento, não existe palavra que corresponda precisamente ao moderno termo em português “FAMÍLIA”, composta de pai, mãe e filhos. A aproximação maior é a que se encontra no vocábulo”BÊTH”,. Que significa “CASA”, o qual, depois de significar o grupo de pessoas, provavelmente, veio a referir-se à própria habitação. O equivalente mais próximo “BÊTH ABH” significa “CASA DO PAI”.

Porém, o vocábulo hebraico mais frequentemente traduzido por família é “MISHPÃHÔ quem o sentido de clã. O Salmo 68:6 diz:
“Deus faz com que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca”.

O termo hebraico para solitário é “YACHID”, que significa UNIR. Deus une as famílias ou coloca o solitário em uma família que o amará como se pertencesse a ela. Deus quer estabelecer os Seus princípios na Terra. Gosto muito de uma definição e a uso muito para expressar família, que é casa, o lugar de se plantar princípios bíblicos. Deus lhe deu uma casa, uma família para estabelecer ali o governo de Deus.

O humanismo, que é o princípio de Satanás, ensina uma nova definição de família: uma família é composta de pessoas vivendo juntas, profundamente dedicadas uma às outras, e com necessidades mútuas e compartilhadas.

Podemos observar que esta definição não fala de pais e mães casados, mas apenas de pessoas vivendo juntas. E isto pode sugerir uma série de coisas como homossexuais vivendo juntos.

Dr. Oscar Christensen, professor de aconselhamento e orientação da Universidade do Arizona, em Tucson, afirmou em um de seus artigos: “Gostaria de acabar com dois mitos. Um deles é que todo menino precisa de um cachorro. O Outro é que toda criança precisa de dois pais (um pai e uma mãe). Tudo que ela precisa é de um só muito bom”.
(Reinos em Guerra, pág 111).
A cosmovisão humanista tenta colocar na mente do homem que família é um mito, ensina que o homossexualismo é algo perfeitamente normal, que não precisamos mais de pais. Princípios errados e contrários à Palavra de Deus tem sido colocados na mente do homem e também na mente desta geração.

Precisamos entender o que a Palavra de Deus fala, pois ela é arma poderosa para demolir as fortalezas e todo raciocínio que se levanta contara os princípios de Deus. Precisamos combater o inimigo se quisermos reconstruir a instituição social ordenada por Deus: a família.

Sabemos que pais tem se levantado contra filhos, filhos contra pais. Filhos tem tirado a vida de seus pais, pais tem tirado a vida de seus filhos. A pedofilia hoje esta cada vez mais se fortalecendo. Quantas tragédias nas famílias! Tudo isso é fruto da rebelião com relação à Palavra de Deus. Tudo isso é o resultado da quebra de princípios.

ESTABELECENDO O GOVERNO DE DEUS NA FAMÍLIA
“... que governe bem a sua própria casa, tendo filhos seus em sujeição, com toda a modéstia.”  I Timóteo 3:3

Como disse anteriormente, o propósito de Deus ao criar a família foi para manifestar o Seu governo sobre a Terra. Sendo assim, o governo de Deus tem que ser instalado na família.

COMO ISSO É FEITO?
É importante estabelecer um liderança de qualidade em sua casa. Os filhos devem ser bem instruídos nesse aspecto, devem conhecer bem a hierarquia que existe em sua casa e devem obedecê-la.

“ 23 Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24  De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.” Efésios 5:23 e 24.

Em primeiro lugar, Deus. A Bíblia fala que Deus é o cabeça do homem. Segundo lugar, o homem, sacerdote da casa, o pai. O homem se sujeita a Deus; o pai é o sacerdote da casa e deve receber de Deus para ministrar à sua família. Depois vem a mulher, que biblicamente é a ajudadora, auxiliadora, esposa, amante do marido e mãe dos seus filhos.

Por último, vem os filhos. O filhos devem ter esses conceitos bem trabalhados dentro de sua alma e coração. Os filhos devem  ver o pai como o chefe e líder da casa. Eles tem que saber que devem prestar contas de seus atos ao pai e a à mãe. Os filhos tem que contemplar essa liderança forte em casa. Os valores não podem ser mudados.

Quando os filhos não tem governo de Deus em casa, o inimigo entra e os valores são trocados. Quando os filhos não vêem a liderança do pai e, sim, a liderança mais forte da mãe, há um perigo muito grande dos filhos homens se tornarem homossexuais. O espírito de Jezabel entra e desarruma a sua casa.

Estabelecer o governo de Deus é estabelecer o Trono de Deus em sua casa; é estabelecer a figura do pai como líder e sacerdote em sua casa; a figura da mãe como aquela que os filhos também devem prestar obediência; e os filhos como aqueles que devem obedecer e sujeitarem-se aos seus pais.

Os valores não podem ser quebrados, os princípios não podem ser quebrados, pois, caso isso aconteça, Satanás irá entrar e trazer muita confusão e rebelião em sua casa.
A família nos qualifica para a vida e para um ministério. Tudo começa na família: os traumas, as feridas, como também uma alma estruturada. O casamento, o amor é fundamentado no lar. Cada família destruída precisa de restauração.
Não permita que nada que não venha de Deus entre em sua casa. Mas cuide, com todo o zelo, de sua família. Feche as brechas e não permita que o inimigo entre em sua casa.
"Vós, mulheres, estais sujeitas a vosso próprio marido, como convém ao Senhor. Vós, maridos, amai a vossa mulher e não vos irriteis contra ela. Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor." Colossenses 3:18 a 20.
Extraído do livro Princípios na Família da Pastora Dejanira Vieira

PARA VOCE REFLETIR
Como está sua família?

Para você, o que é família?

Como está o governo de Deus na sua família?

Como está o emocional de sua família?

Em que o seu lar é fundamentado?


Estudo 10 - PRINCÍPIOS NA FAMÍLIA - ENSINO

Segundo Princípio – ENSINO

Coração de um pai convertido ao coração de seus filhos é um coração que ensina. O profeta Malaquias diz que o coração dos pais se converterá ao coração de seus filhos. Mas, como é manifesto um coração convertido?

Um coração de um pai convertido ao coração de seu filho é um coração que ensina: disciplina, discípula e relaciona-se.

UM CORAÇÃO QUE ENSINA

“1 ESTES, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir; 2 Para que temas ao SENHOR teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados. 3 Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o SENHOR Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.  4 Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. 5 Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. 6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; 7 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. 8 Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. 9 E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” Deuteronômio 6:1 a 9

Os mandamentos de Deus eram tão importantes que Moisés ensinou a nação de Israel aplicá-los na vida pratica. E era tarefa dos pais de inculcar os mandamentos de Deus na vida dos filhos.

Inculcar, no hebraico, LAMAD, significa imprimir, ou seja, os pais deveriam ensinar até que o ensino fosse impresso no coração dos filhos.

Ensinar vem da palavra grega DIDASKÔ, que significa aceitar, estender a mão para. A Lei deveria ser ensinada com o propósito de ser impressa no espírito, mente e coração dos filhos. O ensino requer tempo dos pais e hoje os pais não querem ter esse tempo. O coração de um pai convertido ao coração dos filhos é um coração que ensina, que gasta tempo ensinando.

Os mandamentos, os princípios deveriam ser passados a seus filhos para que temessem ao Senhor. O ensino era feito pela repetição da Lei, e s responsáveis por isso eram os pais. Hoje os pais tem entregado seus filhos para que outros ensinem. No reino espiritual, o ensino dos pais é de uma relevância muito grande. Se os pais entendessem esse princípio e procurassem colocar essa realidade em prática, a geração de hoje seria muito diferente.

Enquanto as crianças migravam do Egito para a terra prometida, o ensino não era uma atividade isolada, mas os pais usavam todas as situações para ensinar e transmitir os princípios da Lei. Os pais eram os mestres de seus filhos e isso era levado com muita seriedade. Até os sete anos, a criança era ensinada pelos pais e a Lei deveria ser memorizada.

Quanto tempo você gasta ensinando seus filhos?

É responsabilidade das famílias o ensino moral e prático. O lugar de ensino era exclusivamente o lar; os tutores e mestres eram os pais. Eles reconheciam que se quisessem comunicar sua fé de uma geração para outra, teriam que ensinar, e o impulso básico do povo de Israel era a busca pelo conhecimento.

De acordo com o nosso manual bíblico, o ensino deve ser em todo o tempo e período do dia. Os pais devem observar os detalhes de Deuteronômio, capitulo 6, até para ter um entendimento melhor daquilo que Deus quer falar e ensinar.

“ 6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; 7 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” Deuteronômio 6: 6 e 7

O texto diz que o ensino deve ser feito:

AO LEVANTAR

Isso significa que, pela manhã, os pais devem ensinar a Palavra. Os pais não devem sair de casa sem antes ministrar a Palavra para os filhos, não devem sair antes de orar e abençoar seus filhos.

ANDANDO PELO CAMINHO

Ao levarem seus filhos para a escola, para alguma consulta médica, para lanchar, para algum passeio, para as células, para o shopping, etc., os pais devem ensinar a Palavra aos filhos. Todos esses momentos devem ser aproveitados para ensinar a Palavra e os princípios de Deus para os filhos.

AO ASSENTAR

Os pais assentam com os filhos para fazer as refeições em casa, assentam para lancharem em um lanchonete. Enfim, em todas as oportunidades que assentarem juntos os filhos, os pais devem ensinar os princípios. Não devem deixar a oportunidade do ensino passar despercebida.

AO DEITAR

No final do dia, quando todos já estiverem juntos, a Palavra novamente deve ser ensinada e ministrada para os filhos. Quando seu filho compartilhar alguma situação que aconteceu durante o dia, ou que ele estiver vivenciando, ouça e, então, ensine, converse com amor, mas sempre procurando aplicar princípios para que o ensino seja consolidado no coração de seu filho.

Muitas famílias não tiveram êxito com relação aos filhos, porque os pais não obedeceram à ordem de ensinar os filhos em todo o tempo e muitos quebraram o princípio do ensino. Não temos visto bons frutos na vida de nossos adolescentes e jovens, porque lhes faltou o ensino. Eu louvo a Deus todos os dias pela família e pelos pais que Deus me deu, porque em todo o tempo eles procuraram nos ensinar. Hoje sou o que sou, ensino princípios, porque primeiramente fui ensinada por eles.

O ensino ao levantar, ao assentar, andando pelo caminho, ao deitar, deve ser obedecido pelos pais para que haja êxito, unção e excelência na vida de seus filhos. Precisamos restaurar a nossa célula principal que é a FAMÍLIA, restaurar o sacerdócio do pai, restaurar o culto doméstico e restaurar a unidade na família. Quando a família obedece cem por cento ao princípio do ensino e educação de seus filhos, não há como essa família não ser bem sucedida. O ensino no lar é o único meio pelo qual muitas famílias conseguem cumprir mandamento de passar valores divinos e instruir seus filhos sobre a vida na perspectiva de Deus. Mesmo que queiram que seus filhos sejam expostos a outras pessoas e outras idéias, em muitos lares nos quais se pratica esse tipo de ensino, os pais sentem que tem como principal responsabilidade influenciar a vida dos seus filhos.

Os pais não devem esquecer que eles são líderes influenciadores na vida de seus filhos. O ensino em casa permite que os valores corretos sejam apresentados.

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22:6

Neste texto de Provérbios, notamos dois pontos importantes:

UMA ORDEM – ensinar a criança no caminho certo.

UMA PROMESSA – o ensino fará com que a pessoa, mesmo na fase adulta, não se desvie.

Sabemos, porém, que toda promessa tem antes requisitos a serem cumpridos. A orden educativa de Deuteronômio 6 é que todo ensino deve ser passado para a próxima geração. O conteúdo desse texto está relacionado à vida. O ensino deveria ser colocado nas portas, em locais facilmente vistos. O alvo do ensino deve ser ensinar o amor de Deus, Sua lealdade e obediência, atender à voz de Deus. O amor refere-se à obediência.

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. João 14:15

O amor é expresso na obediência aos Seus mandamentos, em entregar-se por completo: CORPO, ALMA E ESPÍRITO.

A verdade deve ser integrada a toda a vida, e é nessa verdade que a vida dos filhos deverá ser estruturada e edificada. Um ensino que os alimente no caminho do Senhor, reconhecendo que Deus é Deus e o Seu amor é um amor incondicional.

Moisés exorta o povo a lembrar-se de ensinar. O contexto desse ensino é o lar, em que os filhos aprendem a relacionar sua fé em Deus com toda a sua vida.

“3 Os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado. 4 Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez. 5 Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, a qual deu aos nossos pais para que a fizessem conhecer a seus filhos; 6 Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; 7 Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos. 8 E não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel a Deus.” Salmos 78: 3 a 8  

A EDUCAÇÃO DE JESUS

“ 14 Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. 15 Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem.” Isaías 7: 14 e 15

Nesse texto, podemos ver claramente o propósito de Deus para a vida de Jesus. O Filho Emanuel, que significa Deus conosco, foi um sinal para todo o mundo. Jesus sendo o Filho de Deus e o Salvador do mundo, teria de receber ensino e educação para cumprir a missão que lhe foi confiada. Mas Deus havia também confiado uma missão para os Seus pais terrenos, Maria e José: educar Jesus e prepará-LO para o grande ministério que lhe havia confiado. Que grande responsabilidade para Maria e José!

Quero dizer a vocês, pais, que Deus lhes confiou a mesma missão: educar e ensinar os seus filhos, pois Deus tem um ministério específico para eles cumprirem. O profeta Isaias profetizou que Jesus comeria “manteiga e mel” até saber rejeitar o mal e escolher o bem.

Por que Jesus comeria manteiga e mel?

Manteiga e mel representam o que é puro. Davi fala que a Palavra de Deus é mais doce do que mel. Salmos 19:10 “Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.”

Manteiga e mel. O profeta estava falando de como seriam a educação e o ensino de Jesus. Isso significava que Jesus receberia um ensino sem contaminação, um ensino puro, um ensino santo.

UM ENSNO À BASE DE PRINCÍPIOS BÍBLICOS

Hoje o ensino é contaminado pelo humanismo, pelo paganismo e a Palavra de Deus em Jeremias nos adverte: “Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho dos gentios” Jeremias 10:2b. Seus filhos não podem aprender o caminho dos gentios. O plano de Deus é que nossas crianças e adolescentes recebam um ensino santo e puro, à base de manteiga e mel, sem contaminação.

Quando comemos manteiga pura desde pequenos, sabemos quando nos oferecem margarina. Pelo gosto, discernimos que não estamos comendo manteiga. Isso significa que quando comemos o que é puro, sabemos identificar o que é impuro.  A Palavra de Deus é pura. Quando nos é ensinada a Palavra de Deus desde criança, quando os pais aplicam o que é ensinado em Deuteronômio 6, os filhos crescem aprendendo a discernir o falso ensino quando ele vier.

Jesus aprendeu desde Sua infância a Lei e os mandamentos, e estudava esses princípios. Seus pais ensinaram a Jesus os princípios. Jesus não aprendeu com o paganismo, não andou em caminhos impuros, mas recebeu instrução vinda de seus pais, de Sacerdotes e Ele aprendeu a andar no caminho santo e puro.

Como tem sido o ensino que seus filhos estão recebendo?

Jesus foi separado desde o ventre de sua mãe (Lucas 1:31 a 33) “31 E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; 33 E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” E comeu apenas o que era puro. Jesus recebeu um ensino puro, uma educação pura e sem contaminação.

O CRESCIMENTO DE JESUS

“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.” - Lucas 6:52

Jesus recebeu ensino em casa e também na sinagoga. A sinagoga era lugar de adoração e de instrução. De acordo com a história do povo judeu, o menino começava a freqüentar a escola aos setes anos. Até os setes anos, a criança aprendia com os pais em casa.  Os pais ensinavam a Lei, e a criança já entrava no período de memorização da Lei. A partir dos sete anos, a criança ia estudar nas sinagogas com os sacerdotes. Dos sete aos dez anos, eles estudavam Levitico, a história de seu povo, os profetas, poesia, recebiam ensino sobre moral, ensino religioso, artes, saúde e matemática. Dos dez aos quatorze anos, estudavam sobre a interpretação oral da Lei. Aos treze anos, recebiam o titulo de “FILHOS DA LEI” e membros responsáveis da congregação da Sinagoga. Que nível de educação esses jovens recebiam!

Jesus aos doze anos, já ensinava no Templo. Hoje nossos jovens não sabem os 10 mandamentos memorizados, isso porque as famílias não tem ensinado a Palavra em todo o tempo como fala o texto de Deuteronômio. Os pais não tem se preocupado em ensinar a seus filhos sobre o amor a Deus e à Sua Palavra, o temor a Deus, a serem puros, a comerem o que é puro e a não andarem nos caminhos dos gentios.

Queridos pais, vocês precisam preparar uma geração para cumprir a grande comissão dada por Jesus: Ir e fazer discípulos, ensinando-os a guardar a Palavra de Deus. Ensine-os a pensar por princípios bíblicos. Pense... Pense... Pense... Pense biblicamente.

Ensine seus filhos a pensar e a agir por princípios bíblicos. Isso precisa se tornar um hábito na vida de seu filho. Sabemos que a nossa mente é o maior campo de batalha. O Apóstolo Paulo fala que o que não queremos fazer é o que o fazemos, e o que queremos fazer é o que não fazemos. Por isso, precisamos exercitar nossa mente com princípios bíblicos. Usar princípios bíblicos não é antiquado, mas sabemos que a Palavra de Deus foi poderosa no passado, é poderosa hoje no presente e continuará sendo poderosa no futuro. Ela ainda continua sendo a verdade e o padrão de vida para todos nós.

Ensine seus filhos a pensar como Deus pensa em todas as situações que vivenciarem. Deus nos deu um “Manual”, que é a Sua Palavra, padrão absoluto e confiável. O Apóstolo Paulo escreveu para Timóteo:

“16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” II Timóteo 3:16 e 17

Procure analisar e compreender as coisas que acontecem a cada dia através de uma perspectiva bíblica. A Palavra tem uma influência muito grande sobre nossa vida e nossos atos. Procure preparar seu filho para que ele seja capacitado e perfeitamente habilitado para cumprir o propósito que Deus tem para ele. A educação é a arma poderosa que os pais tem em sua casa. Ame e eduque.

Sabemos que em Israel o índice de analfabetismo é zero. Isso porque as famílias decidiram cumprir a missão de educar em casa. O propósito número um de Israel é a educação e hoje sabemos a potencia que Israel é para as nações. Tenha também esse propósito com relação à educação de sua família, valorize o ensino.

Tenha esse lema em sua casa:
AME E EDUQUE!

QUE PRINCÍPIOS OS PAIS DEVEM ENSINAR?

A Palavra de Deus contém princípios de vida cristã. A Palavra de Deus contém princípios de amor,  de compaixão, de misericórdia, de fidelidade, de hospitalidade, de retidão, de santidade. Ensine o princípio de caráter, o princípio de mordomia, de domínio próprio, o princípio de semeadura (tudo que semearmos, colheremos), o princípio de soberania. Ensine seu filho a amar a Palavra de Deus, a respeitar as autoridades, a respeitar as pessoas e os idosos, enfim, ensine, ensine, ensine!

Apascente seus filhos. Cuide de seus filhos, pois eles estão sendo expostos todos os dias a todo evento de doutrinas e às astúcias e espertezas de homens que induzem ao erro, como Paulo fala aos Efésios. Estejam atentos com o que entra na mente e no coração de seus filhos.

A televisão hoje é um grande alimentador da mente de seus filhos. Podemos também incluir a Internet nesse processo. Os programas infantis trazem figuras demoníacas, que invocam forças do mal, violência, imoralidade, prostituição. Também os programas para os adolescentes que os induzem a pecar, a namorar e a ficar com seus namorados, que ensinam a não obedecer às autoridades.

Cuide da mente e do coração de seus filhos. Saibam que toda semente que for plantada no coração de seu filho dará frutos. A infância é a melhor fase para ensinar, mesmo sendo um ensino bom ou ruim, e satanás sabe disso. Satanás vem para roubar, matar e destruir. Administre o que tem entrado e contaminado a mente e o coração de seus filhos. É importante os pais oferecerem opções de entretenimento para os filhos como: passeios, brincadeiras, jogos, vídeos evangélicos, filmes evangélicos, músicas.

Procure encher o tempo de seus filhos, com ensino. Por exemplo, procure preparar o seu filho para o ministério que Deus tem para ele, como aprender música, algum instrumento, aprender outras línguas, danças ministeriais. Use a criatividade, mas esteja atento a tudo que possa entrar em sua casa, entrar na mente e no coração de seus filhos. Seus filhos são herança do Senhor e uma herança que será devolvida aos céus.

NÃO SEJA NEGLIGENTE QUANTO  AO ENSINO QUE DEVE SER DADO AOS FILHOS.

Extraído do livro Princípios na Família da Pastora Dejanira Vieira


PARA VOCE REFLETIR

- Como tem sido o seu ensino em sua casa?

- Vocês, pais, tem ensinado os filhos ao levantar, assentar, andando pelo caminho e ao deitar?

- Você tem ensinado a Palavra de Deus a seus filhos?

- Quantos versículos seus filhos tem memorizado por semana?

- Em todo o tempo, você tem ensinado princípios para seus filhos

- O que tem nutrido a mente de seus filhos?

- Quanto tempo seu filho gasta assistindo televisão

- Que outro tipo de diversão seu filho tem?

- Você tem preparado seu filho para que ele possa cumprir o ministério que Deus deu a ele?

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