“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)
Verdade Central: Mudanças são necessárias quando são frutos de projetos que foram ampliados. Adaptar, nunca; ampliar, sempre.
Introdução: Bons resultados são frutos de bons projetos. Bons projetos propõem mudanças. Toda boa mudança é resultado de planejamento que procurou responder a, pelos menos, três questões básicas: Por que mudar? Quando mudar? Como mudar?
1. A mudança exige um por quê
"...para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade Deus." (Rm 12:2)
1.1 Necessidade
A necessidade de experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus propõe mudanças ao coração do homem. A motivação para mudanças e para o estabelecimento delas pode ser justificada pela necessidade que grita por uma resposta concreta e funcional. As mudanças nascem das necessidades que surgem.
Ter e desenvolver a habilidade para perceber as necessidades torna-se, então, uma condição indispensável para todo aquele que quer ampliar os benefícios de qualquer projeto ou ideia.
Mudanças não devem acontecer só por acontecer, mas quando necessárias; sejam elas respostas para inquietações latentes, apresentando resultados que as respaldem, tornando-as legítimas na execução do projeto, mostrando sua relevância ao sustentar, sem arranhões, a identidade do projeto original, ao mesmo tempo em que o capacita com agilidade para corresponder às expectativas daqueles que são os beneficiários desta execução.
1.2 Decisão
Quando estabelecida a necessidade da mudança que gerou a motivação correta para que ela aconteça, a decisão se impõe como caminho a ser construído para que a mudança venha produzindo o bom efeito da ampliação que suprirá satisfatoriamente as necessidades apresentadas.
A mudança exige uma atitude resolvida e será estabelecida por uma decisão: "E não vos conformeis a este mundo...".
A decisão por mudanças que ampliem os benefícios de um projeto não tem como motivação fundamental o proveito próprio e imediato, mas assume, pelo proveito coletivo e o resultado de conquistas maiores, até mesmo o desfavorecimento pessoal.
Aquele que decidiu pela mudança, nestes termos, decidiu para conquistar.
2. Saber quando mudar é muito importante
"Tudo fez formoso em seu tempo..." (Ec 3:11)
A sabedoria de Deus, revelada no livro de Eclesiastes, aponta-nos para uma direção em que a formosura, esperada como sinal incontestável do êxito, para ser alcançada, precisa considerar o tempo ideal para o seu estabelecimento. O tempo em que as mudanças acontecerão é muito importante.
2.1 Mudanças imediatas
Tais mudanças geralmente são provocadas por algum fato inesperado, que se impõe pela força dos acontecimentos, gerando uma necessidade de adequação dos processos que estavam em curso.
- Tragédias
"Porque aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece" (Jó 3:25)
As tragédias têm a força de propor mudanças no tempo imediato, e mudanças neste contexto, são necessárias e indispensáveis para que se preservem fundamentos inegociáveis.
Jó viveu um quadro de profundas tragédias que não respeitaram nem mesmo o tempo de luto. Mas ficamos impressionados com a velocidade das mudanças e respostas apresentadas, que apontaram para o vigor de um caráter que não se desviou do centro do seu propósito de vida: "Pois eu sei que o meu redentor vive...". (Jó 19:25)
Quando tragédias nos tomam de assalto, na mesma velocidade em que elas chegam, as mudanças de ajuste precisam acontecer, debaixo de temor e na velocidade compatível para sustentar a integridade do caráter daquilo que está ameaçado.
- Benefícios
"Antes te lembrarás do Senhor teu Deus..." (Dt 8:18)
Assim como a tragédia, o benefício que velozmente nos alcança, também possui a força para propor mudanças imediatas.
Moisés faz este alerta ao povo, pois a velocidade dos acontecimentos viria no imediato, se comparado aos quatrocentos anos vividos em opressão no Egito. As mudanças a serem processadas não podem alterar a base daquele que teme a Deus. Deus não pode ser substituído pelo benefício operado, quando se sabe que a fonte do mesmo é Ele próprio.
Quando mudanças imediatas se impõem, sejam elas provocadas por tragédias ou benefícios, Deus sempre será a base segura para respaldá-las nos ajustes necessários. O êxito estará sustentado desta forma e com a possibilidade de conquistas ainda maiores: “E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro..." (Jó 42:12)
Ap. Rene Terra Nova