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Aspirina pode ajudar a reduzir risco de câncer e metástase



Tomar uma dose baixa de aspirina diariamente pode prevenir e até mesmo ajudar a tratar alguns tipos de câncer, de acordo com uma revisão de estudos feita pela Universidade de Oxford, nos Estados Unidos.

Apesar de muitas pessoas já tomarem doses diárias do medicamento, especialistas advertem que o consumo excessivo da droga pode provocar efeitos colaterais perigosos, como sangramentos estomacais.

Os pesquisadores se basearam em uma análise de outros 51 estudos sobre o assunto, envolvendo ao todo mais de 77 mil pacientes. Em publicações anteriores, a relação entre o consumo de aspirina e câncer aparecia quando a droga era consumida por mais de dez anos. Agora, os mesmos especialistas acreditam que o efeito de proteção pode ocorrer dentro de três a cinco anos apenas.

Segundo o estudo, consumir uma dose baixa (75 a 300mg) de aspirina pode reduzir as chances de uma pessoa desenvolver câncer em 25% durante um período de três anos. Foram nove casos da doença a cada mil pacientes ao ano no grupo que consumia aspirina, comparado com 12 casos a cada mil entre os que consumiam placebo.

A droga também reduziu o risco de morte por câncer em 15%, em um período de cinco anos. Se os pacientes consumiam aspirina por mais tempo, as mortes relacionadas a tumores caíam 37%.

Os pesquisadores, no entanto, declaram que são necessários mais estudos para avaliar os possíveis efeitos colaterais do consumo prolongado de aspirina. Eles afirmam que, para a maioria das pessoas saudáveis, os hábitos mais efetivos para reduzir o risco de câncer ao longo da vida é não fumar, se exercitar e ter uma dieta saudável. O consumo de aspirina deve ser feito apenas com indicação e acompanhamento médico. A automedicação é perigosa e pode levar a uma série de problemas de saúde.

Automedicação pode levar ao vício e estimular efeitos colaterais
O consumo de analgésicos e outros medicamentos vêm aumentando consideravelmente ao longo dos anos. O psiquiatra Marcelo Niel, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp (Proad), atribui o aumento da procura por medicamentos psicotrópicos ao estilo de vida da população. "Os problemas como estresse e ansiedade têm crescido cada vez mais e fazendo com que as pessoas busquem aplacar estes males", diz.

Quando as pessoas entram no consultório tentando achar soluções rápidas para as dores psicológicas que sentem, cabe ao médico saber a hora certa de medicar o paciente ou encaminhá-lo para um profissional mais qualificado no assunto.

O perigo pode estar no armário de casa
Mas não é só medicamentos com receita controlada que precisam de atenção especial. Os remédios simples que compramos na farmácia podem, em vez de ajudar, causar problemas para a saúde.

No Brasil, 80 milhões de pessoas têm o hábito de se automedicar, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). "A automedicação vem de uma forte questão cultural. É difícil mudar isso. Todas as casas têm um monte de medicamentos e as pessoas cada vez mais pensam que sabem resolver seus problemas sem a ajuda do médico", afirma Rosany Bochner, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde.

O perigo da dependência
Um dos maiores problemas da automedicação é a dependência. Segundo a pesquisadora, tomar anti-inflamatórios toda vez que se tem dor nas costas, pode virar um vício, a ponto de o princípio ativo do remédio não fazer efeito no organismo, quando for realmente necessário. A mesma coisa acontece com frequência em relação aos descongestionantes nasais. "Os componentes dos medicamentos podem gerar um efeito rebote quase tão devastador como os de drogas ilícitas. Quando um medicamento é usado frequentemente, ainda que em pequenas quantidades, sofre uma diminuição progressiva do seu efeito. Ou seja, o indivíduo que antes melhorava com um comprimido, agora precisa de dois", explica a pesquisadora.

Além da dependência, outro problema decorrente da automedicação é o mascaramento dos sintomas e a demora em procurar o médico. "O atraso no diagnóstico pode ser sério e levar à morte. Os antitérmicos, por exemplo, se não forem usados com cautela, cortam a febre, mas a doença continua e pode se agravar se a pessoa não procurar um especialista", diz Rosany Bochner.

Não há exceções
Qualquer remédio traz consigo efeitos colaterais, que às vezes se manifestam prontamente ou às vezes demoram. Portanto, é necessário saber que o abuso de qualquer tipo de medicamento, mesmo que ela seja vendido sem receita é prejudicial.

Combinar medicamentos sem orientação médica, bem como alterar doses previamente estabelecidas podem ser altamente prejudiciais. "A interação medicamentosa é outro problema grave da automedicação. Muitas vezes a pessoa está tomando um remédio e decide usar outro por conta própria, o que pode gerar reação entre os componentes dos dois medicamentos, o que pode agravar o problema ou até gerar um novo", alerta a pesquisadora da Fiocruz. Um exemplo disso são alguns remédios para emagrecer, que quando combinados com antidepressivos provocam cardiopatia.

Procure sempre um profissional
O psiquiatra da Unesp José Manuel Bertolote acredita que todo armário de medicamento tem uma quantidade além do que a deveria estar lá. "As pessoas começam a utilizar o remédio e quando param ou terminam o tratamento e ainda sobra medicamento na caixa. O que normalmente acontece é que quando ela volta a ter sintomas parecidos, volta a usar o remédio excedente. Ou, pior ainda, indica para um vizinho ou amigo que está com um problema parecido", explica.

A ajuda médica é fundamental para o sucesso de qualquer tratamento. Mas, não basta só ir ao médico. O paciente precisa dizer ao médico tudo o que tomou e o que está sentindo. Para o psiquiatra, também é preciso entender que o remédio não é solução para todos os problemas. Ficar triste um dia não significa precisar de antidepressivos. O estresse não se resolve só com calmantes. A insônia pode ser um sinal de que algo na sua rotina deve mudar.

Os exercícios físicos e as atividades de lazer são ótimas substitutas para os remédios. Mudar hábitos alimentares já pode melhorar muito. Dá próxima vez que achar que precisa de remédio tente pensar em alternativas mais saudáveis.

Fonte: Minha Vida - UOL

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