“E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a Festa dos Tabernáculos ao Senhor por sete dias... E vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias. E celebrareis esta festa ao Senhor por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas. Para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus.” (Levítico 23:33-43)
Para entendermos o que significa Tabernáculos, devemos antes entender o que significa princípios de restauração. Tabernáculos é uma linguagem de restauração, é uma chamada de mudança plena. Além de ser uma linguagem de nível profético, é uma linguagem de nível espiritual, partindo do coração de Deus.
Tabernáculos é a festa dos segredos do coração de Deus. Nem todos têm Tabernáculos. Muitos acreditam que, para ser evangélico, para ser cristão, a Páscoa basta, porque Jesus é o Cordeiro Pascal. Porém, para andar à luz da revelação que Deus tem trazido à nossa geração, uma geração de conquista, precisamos de entendimento ampliado acerca das três festas fixas do Senhor: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos.
A Páscoa ou Pessach é a festa que aponta para o Cordeiro, para Yeshua, para Jesus, o Redentor de todas as nações. A mensagem da Páscoa arranca o homem do lamaçal do pecado e o devolve para o Reino de Deus. Jesus morreu e ressuscitou. Essa é a tônica da Páscoa.
Em Pentecostes ou Shavuot, celebramos as primícias. É uma festa de inauguração profética, é um ponto de partida. É entregar a Deus os primeiros frutos na certeza de que teremos provisão para todo o ano. No Novo Testamento, vemos que, em plena Festa de Pentecostes, houve a liberação do poder sobrenatural do Espírito Santo. Foi exatamente 50 dias após a celebração da Páscoa. Ali, a Terra entregava aos Céus os primeiros frutos da semeadura que Jesus fez na Terra quando entregou Sua própria vida como grão de trigo que precisa morrer para frutificar.
Quem tem Páscoa não significa que tenha Pentecoste, mas quem tem Pentecostes, certamente, já tem Páscoa, porque ninguém pode ser batizado no Espírito Santo, receber poder, sem ter passado pela graça salvífica em Jesus.
Quem passa pela obra da redenção, está no primeiro degrau da revelação, mas há outros degraus para serem galgados. O degrau seguinte é Pentecostes, poder do Espírito Santo. Mas há o terceiro degrau: a Festa dos Tabernáculos.
A Festa dos Tabernáculos é a festa do Messias, a festa que trará de volta o Messias. A Festa dos Tabernáculos ou a Festa das Colheitas, como também é conhecida, foi instituída por Deus. É estatuto perpétuo por todas as gerações, como podemos comprovar através da Palavra (Deuteronômio 16; Levítico 23; Zacarias 14).
Tabernáculos é uma festa de grande alegria. Um tempo para celebrar diante do Pai por todas as bênçãos recebidas, pelos frutos colhidos. Deus quer que aprendamos a entrar na Sua alegria, pois nós somos salvos e essa salvação é pela graça. Graça, no grego, karis, quer dizer alegria. No hebraico, roni, quer dizer, danças e celebração pela libertação.
A Páscoa nos leva a um choro e um pranto: Jesus morreu. Mas, logo em seguida, vem a alegria: Jesus ressuscitou! Vem, também, a alegria de Pentecostes: o poder do Espírito Santo. Em Tabernáculos, celebramos a alegria do retorno do Messias, celebramos a parousia, a certeza de que o Verbo Vivo de Deus, que Se tabernaculou em nosso meio, cumprirá a promessa de que voltará para arrebatar Sua Noiva, a Igreja.
Vamos celebrar a Festa dos Tabernáculos com a alegria do Reino e a certeza de que Jesus está voltando. Os sinais do tempo apontam para esta verdade e, por isso, nós, a Igreja, devemos andar de forma irrepreensível, prontos para o grande dia!
Hag Sameach! Feliz Festa dos Tabernáculos!
Apóstolo Renê Terra Nova