As embalagens de cigarros passam a ter novas imagens de advertência sobre os riscos causados à saúde pelo consumo do tabaco, selecionadas pela primeira vez com base em uma pesquisa do grau de aversão provocado que teve os jovens como foco, informou nesta terça-feira o Ministério da Saúde. "As imagens são fortes. Elas radicalizam a linha que vinha sendo adotada pelo Ministério da Saúde, mas foram construídos por um conjunto de evidências. Há toda uma avaliação para fortalecer essa estratégia", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A pesquisa mediu a reação emocional de 212 jovens entre 18 e 24 anos, fumantes e não fumantes, de três faixas de escolaridade (ensino fundamental, médio e superior), divididos igualmente em homens e mulheres. "As novas imagens foram consideradas mais aversivas, em comparação com as anteriores, aumentando o potencial de gerar uma atitude de afastamento do produto", informou o ministério em um comunicado. Foram selecionados dez temas, tendo como alvo os jovens: substâncias tóxicas, letalidade do câncer do pulmão, malefícios para o feto, envelhecimento precoce, fumo passivo, doenças Cardiovasculares, acidente vascular cerebral, mutilação, dependência e Impotência. A pesquisa foi realizada, de 2006 a 2008, pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), com a Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Brasil foi o segundo país, após o Canadá, a adotar imagens de advertência como estratégia para reduzir o fumo e, desde 2001, os fabricantes de produtos de tabaco são obrigados a colocarem esses alertas. Segundo dados do ministério, o cigarro mata quase 5 milhões de pessoas ao ano em todo o mundo, sendo 200 mil só no Brasil. Fonte: Reuters |